Por Ariovaldo Ramos.
Nós rompemos com Deus. Entretanto, Deus é o nosso local/fonte de existência, vida e mobilidade, e o nosso mantenedor. “Nele vivemos, existimos e nos movemos” Paulo de Tarso.
Como é possível romper com a fonte de existência e continuar existindo? É como se uma lâmpada continuasse acesa mesmo depois de ter sido desatarraxada do soquete.
Isso só se explica por um ato de vontade de Deus. Ele decidiu que nos manteria existindo a despeito de nossa ruptura.
Mas, poderia Deus fazer isso?
Não é uma questão de poder. Um ser que pode tudo, em princípio, tudo pode.
Mas, uma vez que tomamos uma decisão livre, não tínhamos de ser responsabilizados? Poderia Deus sustentar nossa existência, mesmo significando isto uma injustiça de sua parte?
Não. Deus não pode ser injusto. Logo, Ele deve ter encontrado uma maneira de nos manter existindo sem incorrer em ato de injustiça.
“O sangue de Cristo é conhecido, com efeito, desde antes fundação do mundo.” Simão Pedro.
Cristo sacrificou-se pela criação antes da queda. E o fez, de fato, antes da criação, porque não há propósito em criar para a perdição. Isso faz todo sentido, porque, se algo seria feito para salvar alguém de uma queda cujo efeito, por força de justiça, seria deixar de existir, teria, necessariamente de ser feito antes que a queda aconteça.
Essa disposição no coração da Trindade, que fez com que o Deus Filho abandonasse a sua glória para tal sacrifício, é o que o apóstolo chamou de Graça.
Fiquem na Paz de Cristo Jesus nosso Senhor.
Alexandre Ferreira
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
Adoração e Ética
Nos dias atuais a igreja tem sido encharcada por um movimento de adoração denominado “adoradores apaixonados”, que dizem ser a geração de adoradores chamados a corresponder àquilo que o Senhor tem de melhor para a sua igreja. Diante de algumas atitudes expressas pela nova geração de adoradores, fica difícil distinguir o que realmente o Senhor deseja nos falar, através do conclamar de Jesus no texto de João 4:23: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.
Enquanto se discute se essa geração está certa ou errada na sua forma de agir, se o tempo é esse, se temos que modificar as nossas liturgias, adaptando-as a uma nova realidade, surge no nosso coração a preocupação pelo que realmente precisa ser refletido, ou seja, o que precisamos fazer para que as nossas igrejas estejam crescendo na adoração ao Senhor com toda a sua potencialidade. É a partir desse ponto que necessitamos fazer uma releitura das nossas práticas, sem confundir o que precisa ser incorporado nas nossas liturgias e sem ferir os princípios éticos e bíblicos.
Ao observar algumas definições, encontramos com clareza alguns elementos bem expressos no seu conteúdo, conforme nos diz Amorese:
A liturgia de uma cerimônia religiosa define-se como a forma de celebração de um amplo conjunto simbólico, no caso, o evangelho. Não é possível celebrar algum conteúdo sem uma forma. A forma sem conteúdo, em um certo sentido, pode existir, mas não o contrário. Um conjunto de ritos, um ritual, expressa um período completo de sentido. Desta maneira, um culto é um ritual, pois destina-se a celebrar, de forma mais ou menos abrangente, o patrimônio simbólico do evangelho.1
Para que entendamos com clareza o significado da adoração no culto e não estejamos infrigindo nenhum ponto, podemos dizer que o conteúdo e a forma são muito importantes para que a expressão da nossa adoração seja refletida da maneira como realmente desejamos nos expressar. O sentido na verdade, nada mais é que o resultado daquilo que elaboramos dentro das nossas liturgias e que podem fazer com que esse ritual seja repleto de significados celebrativos que nos impulsionam a entender o evangelho de uma forma prática.
O conjunto simbólico desenvolvido pelo evangelho é rico e extenso, porque envolve toda a nossa vida e todas as nossas vidas, não podendo ser esgotado em uma única celebração – mesmo que seja repetida muitas vezes. Por este motivo, uma liturgia “fossilizada” prejudica a celebração do evangelho como um rico patrimônio simbólico, havendo-se que eleger, forçosamente, ritos e significados da predileção dos oficiantes que originalmente a conceberam, em detrimento da riqueza e abrangência disponíveis e das necessidades concretas de expressão dos fiéis. 2
Podemos entender então que o culto de adoração deverá ser conduzido a Deus, fazendo com que a participação daqueles que estão juntos na celebração possam ser o fruto espontâneo da vida que o Espírito gerou no seu interior e que a redação elaborada anteriormente através da liturgia preparada, não seja literalmente validada, por causa da criatividade que o próprio Deus de amor expressa nessa troca com os seus adoradores. Nesse caso, sim, podemos dizer que os adoradores apaixonados deverão ser imitados pela sua liberdade de expressão.
Sempre houve culto no mundo; e este sempre teve uma forma que servisse à sua expressão, comunicação e celebração. A forma do culto cristão, portanto, nada mais é que um conjunto de ritos ordenados, a fim de dar expressão ao conteúdo semântico originário de sua mensagem. 3
Ao refletirmos na afirmação de Amorese, podemos entender com mais clareza um questionamento que tem surgido no meio da Igreja com relação à adoração que temos produzido: o que as nossas igrejas têm permitido expressar através das liturgias que elaboram? Os frequentadores dos nossos cultos têm sido impactados e envolvidos nessa adoração, ou simplesmente temos produzido apenas barulho sem conteúdo?
Ao lermos o profeta Amós 5:21 a 23, podemos entender o que realmente Deus sente diante de celebrações que são feitas sem o sentido real exigido pelo evangelho, conforme segue:
Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Temos visto muita celebração, porém sem uma ação concreta daquilo que oferecemos através dos cânticos, orações e rituais. Não somos capazes de romper com algumas barreiras físicas para encontrar no outro o real significado do evangelho, pois não conseguimos repartir dentro das nossas liturgias as nossas experiências, o nosso amor, o nosso aconchego, a nossa vida... É preciso entender que o culto é muito mais que uma reunião e que as etapas apresentadas durante o decorrer dele não têm significado se não forem rompidas para que a satisfação não se torne apenas pessoal, mas que atinja toda a comunidade.
Fica para nós o desafio de respeitar o próximo e entender que, o calor das relações de troca entre Deus e os seus filhos sobrepujam nossas maiores intenções e pretensões de limitar àquilo que denominamos adoração. Não são as fórmulas e formas que determinarão o que devemos fazer, mas a predisposição de adorar juntos e respeitar o espaço que não é meu, mas é do todo que compõe o Corpo de Cristo e que é administrado pelo Espírito Santo de Deus. Ele é que determina o clima especial que irá acontecer nos nossos cultos racionais!
Se considerarmos o momento do culto, isolado da dinâmica administrativa da igreja, diremos que só há dois papéis: o do artista e o da platéia. O artista é aquele que cultua o Senhor. E platéia é o próprio Senhor. O resto é mobília. Mesmo que de carne e osso. Não há platéia humana na verdadeira adoração. Todos somos chamados a ser artistas. 4
O Senhor quer receber a nossa adoração com exclusividade e a nossa performance deverá sempre ser desenvolvida com o único objetivo de agradá-lo. Ele quer que ofereçamos o melhor que temos diante do seu altar e não restos e sobras. Esse trabalho poderá ser administrado no nosso lugar secreto, mas também poderá fazer parte de um conjunto de pessoas que entendem que é importante que os nossos dons e ministérios sejam desenvolvidos na coletividade e nessa diversidade, o Espírito possa encontrar lugar para aquecer os corações.
Gostaríamos de finalizar nossa reflexão com um texto escrito por Nelson Bomilcar5, que nos leva a entender o que realmente significa ser um adorador apaixonado por Jesus.
Adoração é bem mais que cantar, tocar, dançar, louvar. Adoração reflete um estilo de vida em todas as áreas com as quais interagimos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. Adoração, além da dimensão contemplativa e celebrativa, envolve nosso compromisso com os que sofrem e com os que vivem sem esperança.
Se queremos ver os nossos cultos pessoais transformados e encharcados por uma atmosfera celestial, devemos assumir a roupagem de servos que transformam éticamente a nossa sociedade, assumindo o compromisso de levar libertação aos pobres e oprimidos, fazendo com que um novo cântico venha soar das nossas bocas, transformando o ambiente que adentramos num verdadeiro mover de louvor e adoração.
Que as nossas liturgias sejam levadas mais a sério, a fim de que possamos realmente ter atitudes éticas para com o nosso culto, e conseqüentemente a nossa adoração seja em Espírito e Verdade, como nos convoca o Criador.
Valéria Maria Barreto Motta dos Santos _ Professora de tempo integral na Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), lecionando as disciplinas de Espiritualidade e Vida, Religiões Mundiais e Missões Urbanas. É vice-coordenadora de graduação.
Fiquem na Paz.
Alexandre Ferreira
Enquanto se discute se essa geração está certa ou errada na sua forma de agir, se o tempo é esse, se temos que modificar as nossas liturgias, adaptando-as a uma nova realidade, surge no nosso coração a preocupação pelo que realmente precisa ser refletido, ou seja, o que precisamos fazer para que as nossas igrejas estejam crescendo na adoração ao Senhor com toda a sua potencialidade. É a partir desse ponto que necessitamos fazer uma releitura das nossas práticas, sem confundir o que precisa ser incorporado nas nossas liturgias e sem ferir os princípios éticos e bíblicos.
Ao observar algumas definições, encontramos com clareza alguns elementos bem expressos no seu conteúdo, conforme nos diz Amorese:
A liturgia de uma cerimônia religiosa define-se como a forma de celebração de um amplo conjunto simbólico, no caso, o evangelho. Não é possível celebrar algum conteúdo sem uma forma. A forma sem conteúdo, em um certo sentido, pode existir, mas não o contrário. Um conjunto de ritos, um ritual, expressa um período completo de sentido. Desta maneira, um culto é um ritual, pois destina-se a celebrar, de forma mais ou menos abrangente, o patrimônio simbólico do evangelho.1
Para que entendamos com clareza o significado da adoração no culto e não estejamos infrigindo nenhum ponto, podemos dizer que o conteúdo e a forma são muito importantes para que a expressão da nossa adoração seja refletida da maneira como realmente desejamos nos expressar. O sentido na verdade, nada mais é que o resultado daquilo que elaboramos dentro das nossas liturgias e que podem fazer com que esse ritual seja repleto de significados celebrativos que nos impulsionam a entender o evangelho de uma forma prática.
O conjunto simbólico desenvolvido pelo evangelho é rico e extenso, porque envolve toda a nossa vida e todas as nossas vidas, não podendo ser esgotado em uma única celebração – mesmo que seja repetida muitas vezes. Por este motivo, uma liturgia “fossilizada” prejudica a celebração do evangelho como um rico patrimônio simbólico, havendo-se que eleger, forçosamente, ritos e significados da predileção dos oficiantes que originalmente a conceberam, em detrimento da riqueza e abrangência disponíveis e das necessidades concretas de expressão dos fiéis. 2
Podemos entender então que o culto de adoração deverá ser conduzido a Deus, fazendo com que a participação daqueles que estão juntos na celebração possam ser o fruto espontâneo da vida que o Espírito gerou no seu interior e que a redação elaborada anteriormente através da liturgia preparada, não seja literalmente validada, por causa da criatividade que o próprio Deus de amor expressa nessa troca com os seus adoradores. Nesse caso, sim, podemos dizer que os adoradores apaixonados deverão ser imitados pela sua liberdade de expressão.
Sempre houve culto no mundo; e este sempre teve uma forma que servisse à sua expressão, comunicação e celebração. A forma do culto cristão, portanto, nada mais é que um conjunto de ritos ordenados, a fim de dar expressão ao conteúdo semântico originário de sua mensagem. 3
Ao refletirmos na afirmação de Amorese, podemos entender com mais clareza um questionamento que tem surgido no meio da Igreja com relação à adoração que temos produzido: o que as nossas igrejas têm permitido expressar através das liturgias que elaboram? Os frequentadores dos nossos cultos têm sido impactados e envolvidos nessa adoração, ou simplesmente temos produzido apenas barulho sem conteúdo?
Ao lermos o profeta Amós 5:21 a 23, podemos entender o que realmente Deus sente diante de celebrações que são feitas sem o sentido real exigido pelo evangelho, conforme segue:
Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Temos visto muita celebração, porém sem uma ação concreta daquilo que oferecemos através dos cânticos, orações e rituais. Não somos capazes de romper com algumas barreiras físicas para encontrar no outro o real significado do evangelho, pois não conseguimos repartir dentro das nossas liturgias as nossas experiências, o nosso amor, o nosso aconchego, a nossa vida... É preciso entender que o culto é muito mais que uma reunião e que as etapas apresentadas durante o decorrer dele não têm significado se não forem rompidas para que a satisfação não se torne apenas pessoal, mas que atinja toda a comunidade.
Fica para nós o desafio de respeitar o próximo e entender que, o calor das relações de troca entre Deus e os seus filhos sobrepujam nossas maiores intenções e pretensões de limitar àquilo que denominamos adoração. Não são as fórmulas e formas que determinarão o que devemos fazer, mas a predisposição de adorar juntos e respeitar o espaço que não é meu, mas é do todo que compõe o Corpo de Cristo e que é administrado pelo Espírito Santo de Deus. Ele é que determina o clima especial que irá acontecer nos nossos cultos racionais!
Se considerarmos o momento do culto, isolado da dinâmica administrativa da igreja, diremos que só há dois papéis: o do artista e o da platéia. O artista é aquele que cultua o Senhor. E platéia é o próprio Senhor. O resto é mobília. Mesmo que de carne e osso. Não há platéia humana na verdadeira adoração. Todos somos chamados a ser artistas. 4
O Senhor quer receber a nossa adoração com exclusividade e a nossa performance deverá sempre ser desenvolvida com o único objetivo de agradá-lo. Ele quer que ofereçamos o melhor que temos diante do seu altar e não restos e sobras. Esse trabalho poderá ser administrado no nosso lugar secreto, mas também poderá fazer parte de um conjunto de pessoas que entendem que é importante que os nossos dons e ministérios sejam desenvolvidos na coletividade e nessa diversidade, o Espírito possa encontrar lugar para aquecer os corações.
Gostaríamos de finalizar nossa reflexão com um texto escrito por Nelson Bomilcar5, que nos leva a entender o que realmente significa ser um adorador apaixonado por Jesus.
Adoração é bem mais que cantar, tocar, dançar, louvar. Adoração reflete um estilo de vida em todas as áreas com as quais interagimos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. Adoração, além da dimensão contemplativa e celebrativa, envolve nosso compromisso com os que sofrem e com os que vivem sem esperança.
Se queremos ver os nossos cultos pessoais transformados e encharcados por uma atmosfera celestial, devemos assumir a roupagem de servos que transformam éticamente a nossa sociedade, assumindo o compromisso de levar libertação aos pobres e oprimidos, fazendo com que um novo cântico venha soar das nossas bocas, transformando o ambiente que adentramos num verdadeiro mover de louvor e adoração.
Que as nossas liturgias sejam levadas mais a sério, a fim de que possamos realmente ter atitudes éticas para com o nosso culto, e conseqüentemente a nossa adoração seja em Espírito e Verdade, como nos convoca o Criador.
Valéria Maria Barreto Motta dos Santos _ Professora de tempo integral na Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), lecionando as disciplinas de Espiritualidade e Vida, Religiões Mundiais e Missões Urbanas. É vice-coordenadora de graduação.
Fiquem na Paz.
Alexandre Ferreira
A mensagem da Cruz
Achamos que a cruz é a vitória do diabo e que a ressurreição é a vitória de Deus. Não percebemos a mensagem da cruz como espaço da ação de Deus, tanto quanto a ressurreição. A cruz é o sinal da graça, da bondade e do amor de Deus.
Às vezes usamos cruz e ressurreição como coisas opostas. Porém, na cruz há triunfo do amor, da vitória, da não-vingança. Há triunfo do altruísmo de Jesus, há triunfo daquele que não se faz de vítima e acolhe aqueles que estão ao seu redor. Deus não age com base no jeito de ser do outro, mas sim nos atributos e nas virtudes dele mesmo.
Não reprovo que a igreja coloque uma cruz no templo, desde que aquela considere o que esta diz: Levo comigo a possibilidade de morte. O amor é santidade e serviço; não é apenas um sentimento profundo, mas também capacidade de entrega total.A marca da santidade da igreja está na sua capacidade de amar. “Nisto, conhecerão todos que são meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 8.31).
Comunicamos o amor de Deus com palavras e com obras. E o paradigma disso é a graça. Uma diaconia (serviço) fundamentada e inspirada pela graça não alimenta expectativas de troca. Quem ama age por conta dessa fonte inesgotável dentro de si mesmo. Os empobrecidos, espoliados e injustiçados não se tornam devedores dos serviços de misericórdia e justiça realizados pela igreja de Jesus Cristo. Uma diaconia batizada pela graça é um via de realização de mão dupla. Quem tem acesso aos bens necessários à vida socializa, pela graça, esses bens e desfruta, pela mesma graça, dos bens virtuosos dos pobres. Os pobres têm me ajudado a entender melhor os códigos do evangelho. Eles têm tornado mais fácil para eu compreender a manjedoura e por que Jesus entrou em Jerusalém montado num jegue.
A partir dessa prática de serviço do Senhor, podemos pensar em filantropia, na educação, nas associações, nas cooperativas de comércio solidário, na promoção da justiça, na defesa das pessoas à margem da sociedade, na luta contra a exploração sexual infanto-juvenil e o abuso de crianças em suas próprias casas.
Somos uma gota d’água sobre um oceano de problemas, mas evitavelmente a base da nossa missão social é o amor. Fomos alcançados pelo amor de Deus, e como refluxo queremos amar uns aos outros. “Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, em que Cristo Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Esse versículo diz respeito ao amor de Deus por nós, mas também é um desdobramento na nossa vida.
Em Cristo somos mais que vencedores.
Fiquem na Paz.
Alexandre Ferreira
Às vezes usamos cruz e ressurreição como coisas opostas. Porém, na cruz há triunfo do amor, da vitória, da não-vingança. Há triunfo do altruísmo de Jesus, há triunfo daquele que não se faz de vítima e acolhe aqueles que estão ao seu redor. Deus não age com base no jeito de ser do outro, mas sim nos atributos e nas virtudes dele mesmo.
Não reprovo que a igreja coloque uma cruz no templo, desde que aquela considere o que esta diz: Levo comigo a possibilidade de morte. O amor é santidade e serviço; não é apenas um sentimento profundo, mas também capacidade de entrega total.A marca da santidade da igreja está na sua capacidade de amar. “Nisto, conhecerão todos que são meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 8.31).
Comunicamos o amor de Deus com palavras e com obras. E o paradigma disso é a graça. Uma diaconia (serviço) fundamentada e inspirada pela graça não alimenta expectativas de troca. Quem ama age por conta dessa fonte inesgotável dentro de si mesmo. Os empobrecidos, espoliados e injustiçados não se tornam devedores dos serviços de misericórdia e justiça realizados pela igreja de Jesus Cristo. Uma diaconia batizada pela graça é um via de realização de mão dupla. Quem tem acesso aos bens necessários à vida socializa, pela graça, esses bens e desfruta, pela mesma graça, dos bens virtuosos dos pobres. Os pobres têm me ajudado a entender melhor os códigos do evangelho. Eles têm tornado mais fácil para eu compreender a manjedoura e por que Jesus entrou em Jerusalém montado num jegue.
A partir dessa prática de serviço do Senhor, podemos pensar em filantropia, na educação, nas associações, nas cooperativas de comércio solidário, na promoção da justiça, na defesa das pessoas à margem da sociedade, na luta contra a exploração sexual infanto-juvenil e o abuso de crianças em suas próprias casas.
Somos uma gota d’água sobre um oceano de problemas, mas evitavelmente a base da nossa missão social é o amor. Fomos alcançados pelo amor de Deus, e como refluxo queremos amar uns aos outros. “Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, em que Cristo Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Esse versículo diz respeito ao amor de Deus por nós, mas também é um desdobramento na nossa vida.
Em Cristo somos mais que vencedores.
Fiquem na Paz.
Alexandre Ferreira
Cristianismo de Relacionamentos
"De quando em quando é bom lembrarmos como vivia a Igreja Primitiva e compará-la com o que vivemos hoje."
Quando olhamos para o texto de Atos 2.42-47, vemos os primeiros passos dos cristãos primitivos na constituição da Igreja. A Bíblia mostra centenas de pessoas reunidas em torno de um único objetivo: glorificar a Deus. Eles desejavam ser uma Igreja viva para o Senhor. Eles não desejavam realizar uma porção de atividades para que isso os caracterizasse como igreja. Ser uma igreja para glorificar ao Senhor fazia com que eles se reunissem nas casas, onde os cristãos se relacionavam. Eles queriam estar juntos porque isso fazia bem a todos e, ao mesmo tempo, fortalecia-lhes a fé individual.
Tal relacionamento próximo fazia com que os primeiros cristãos sentissem as necessidades uns dos outros. Assim, essa sensibilidade gerava comunhão espiritual e repartir do pão – eles chegavam ao ponto de vender as propriedades particulares para ajudar os que precisavam. Aqueles cristãos sentiam as dores e alegrias uns dos outros, tudo através do relacionamento que mantinham uns com os outros. Os apóstolos não precisavam promover um programa especial, uma campanha, uma reunião dos jovens ou das senhoras para apelar às pessoas que olhassem as necessidades umas das outras.
Além disto, os apóstolos não se reuniam para traçar um extenso calendário de atividades espirituais, esportivas e sociais que envolvessem os membros da igreja ou aqueles que dela estivessem afastados. A Bíblia diz que “perseveravam unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração”.
De quando em quando é bom lembrarmos como vivia a Igreja Primitivae compará-la com o que vivemos hoje. Eles experimentavam um cristianismo de relacionamento e nós vivemos, muitas vezes, praticamos um cristianismo de atividades. Ao invés de nos relacionarmos uns com os outros no templo e nas casas, sentindo as necessidades dos irmãos e procurando crescer mutuamente na fé, precisamos que a liderança da igreja marque uma porção de atividades que nos unam para fazermos aquilo que deveria acontecer espontaneamente.
Só existe cristianismo de relacionamento quando estamos dispostos a ser discípulos e fazer discípulos. O discipulado é o tipo de relacionamento que Jesus estabeleceu com seus apóstolos e a forma que nos deixou para nos relacionarmos com outros cristãos.
Há algumas questões que nos confrontam quanto ao tipo de envolvimento que temos com nossos irmãos. Por exemplo – no último mês, você iniciou um relacionamento com um novo crente e se dispôs a discípula-lo? Você orou pessoalmente ou por telefone, esta semana, por alguém? Nos últimos 15 dias, você contou para as pessoas algo que Deus fez em sua vida? E você sabe quais foram as coisas mais marcantes que Deus fez na vida das pessoas que estão próximas a você na igreja?
Conforme a profundidade das respostas que você der a estas perguntas é que será medido o tipo de relacionamento que mantém com as pessoas. Pense nisto e comece a mudar.
Josué Campanhã - Missionário e diretor nacional da SEPAL. Bacharel em teologia (Faculdade Teológica Batista de São Paulo) e bacharel em administração de empresas (PUC-CAMP). É autor de vários livros, entre eles: Segredos da Liderança; Planejamento Estratégico; Planejamento Estratégico em Família (Editora Vida). Atualmente é coordenador dos Pequenos Grupos da Igreja Batista do Morumbi, em São Paulo.
Nos laços do calvário que nos une em Cristo.
Alexandre Ferreira
Quando olhamos para o texto de Atos 2.42-47, vemos os primeiros passos dos cristãos primitivos na constituição da Igreja. A Bíblia mostra centenas de pessoas reunidas em torno de um único objetivo: glorificar a Deus. Eles desejavam ser uma Igreja viva para o Senhor. Eles não desejavam realizar uma porção de atividades para que isso os caracterizasse como igreja. Ser uma igreja para glorificar ao Senhor fazia com que eles se reunissem nas casas, onde os cristãos se relacionavam. Eles queriam estar juntos porque isso fazia bem a todos e, ao mesmo tempo, fortalecia-lhes a fé individual.
Tal relacionamento próximo fazia com que os primeiros cristãos sentissem as necessidades uns dos outros. Assim, essa sensibilidade gerava comunhão espiritual e repartir do pão – eles chegavam ao ponto de vender as propriedades particulares para ajudar os que precisavam. Aqueles cristãos sentiam as dores e alegrias uns dos outros, tudo através do relacionamento que mantinham uns com os outros. Os apóstolos não precisavam promover um programa especial, uma campanha, uma reunião dos jovens ou das senhoras para apelar às pessoas que olhassem as necessidades umas das outras.
Além disto, os apóstolos não se reuniam para traçar um extenso calendário de atividades espirituais, esportivas e sociais que envolvessem os membros da igreja ou aqueles que dela estivessem afastados. A Bíblia diz que “perseveravam unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração”.
De quando em quando é bom lembrarmos como vivia a Igreja Primitivae compará-la com o que vivemos hoje. Eles experimentavam um cristianismo de relacionamento e nós vivemos, muitas vezes, praticamos um cristianismo de atividades. Ao invés de nos relacionarmos uns com os outros no templo e nas casas, sentindo as necessidades dos irmãos e procurando crescer mutuamente na fé, precisamos que a liderança da igreja marque uma porção de atividades que nos unam para fazermos aquilo que deveria acontecer espontaneamente.
Só existe cristianismo de relacionamento quando estamos dispostos a ser discípulos e fazer discípulos. O discipulado é o tipo de relacionamento que Jesus estabeleceu com seus apóstolos e a forma que nos deixou para nos relacionarmos com outros cristãos.
Há algumas questões que nos confrontam quanto ao tipo de envolvimento que temos com nossos irmãos. Por exemplo – no último mês, você iniciou um relacionamento com um novo crente e se dispôs a discípula-lo? Você orou pessoalmente ou por telefone, esta semana, por alguém? Nos últimos 15 dias, você contou para as pessoas algo que Deus fez em sua vida? E você sabe quais foram as coisas mais marcantes que Deus fez na vida das pessoas que estão próximas a você na igreja?
Conforme a profundidade das respostas que você der a estas perguntas é que será medido o tipo de relacionamento que mantém com as pessoas. Pense nisto e comece a mudar.
Josué Campanhã - Missionário e diretor nacional da SEPAL. Bacharel em teologia (Faculdade Teológica Batista de São Paulo) e bacharel em administração de empresas (PUC-CAMP). É autor de vários livros, entre eles: Segredos da Liderança; Planejamento Estratégico; Planejamento Estratégico em Família (Editora Vida). Atualmente é coordenador dos Pequenos Grupos da Igreja Batista do Morumbi, em São Paulo.
Nos laços do calvário que nos une em Cristo.
Alexandre Ferreira
Discipula de raiz
“A Igreja do Senhor é semelhante a um rebanho. Cuidemos bem de cada ovelha e todo o rebanho de Jesus será saudável e multiplicador”
O primeiro título conferido por Jesus aos seus seguidores foi o de discípulos. Originalmente, eram doze os discípulos apóstolos. Depois, conforme o relato de Lucas 10, o número chegou a setenta e dois. No início da Igreja Primitiva, já eram 120, de acordo com Atos 1.15. Depois da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, seu número cresceu para quase 3 mil discípulos, e logo chegariam a 5 mil. E a história do cristianismo estava apenas começando!
O que teria gerado tanto crescimento e avanço missionário há mais de 2 mil anos? Algumas respostas são claras e aplicáveis ainda hoje, em pleno século 21, para a prática de um discipulado eficiente:
1 – O projeto original de discipulado foi muito bem implementado
Ao escolher seus seguidores, Jesus dependeu totalmente do Pai. A Bíblia nos informa que Ele passou muito tempo em oração na presença de Deus, buscando a sua direção. Até hoje, o processo de seleção é definidor do sucesso ou não do discipulado na igreja local.
2 – Jesus ficou à frente de seu projeto
Cristo nunca confiou o comando da Grande Comissão a nenhum apóstolo, nem mesmo a Pedro, seu mais próximo colaborador. Ele implantou e permaneceu à frente da obra de discipulado enquanto viveu na Terra, por meio do Espírito Santo. Sem o Espírito Santo como encorajador e confirmador da vontade do Pai, tudo teria acabado no meio do primeiro século.
3 – Os discípulos de Jesus comprometeram-se com a obra
O grande mandamento aponta para o verdadeiro amor a Deus: de todo o coração, de todo o entendimento, de toda a alma e com todas as forças, conforme Marcos 12.30. A obra do Senhor aponta para a responsabilidade missionária individual e também coletiva, bem como para o cuidado com os novos na fé: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confia-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (II Timóteo 2.2).
4 – Os discípulos primitivos desejaram e buscaram enchimento do Espírito Santo
Os primeiros seguidores de Jesus sabiam que, se não fossem cheios do Espírito Santo, deixariam brechas para Satanás. A orientação paulina fazia sentido para eles: “Não se embriaguem com vinho, que leva a libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”. O testemunho narrado por Lucas em Atos 13.52 confirma a opção deles: “Os discípulos continuavam cheios de alegria e do Espírito Santo”.
Maturidade cristã não acontece automaticamente. É preciso conversão, compromisso diário com Jesus, disciplina pessoal, coração suscetível ao ensino e genuína humildade para aprendermos uns com os outros. Este aprendizado relacional rumo ao progresso espiritual só é possível por meio de pequenos grupos, onde discipuladores e discipulandos se encontram a cada semana. Só experimenta o que Deus pode fazer quem se disponibiliza para tanto. E quando o varejo alcança qualidade, todo o atacado alcança maturidade. Nenhum fazendeiro cuida do seu cafezal no atacado; ele cuida bem de cada pé de café, e assim a sua safra fica garantida todos os anos. A Igreja do Senhor é semelhante a um rebanho. Cuidemos bem de cada ovelha e todo o rebanho de Jesus será saudável e multiplicador.
Elmiro de Oliveira - Pastor, missionário de Servindo Pastores e Líderes (Sepal) e ministro de discipulado na Primeira Igreja Batista no Irajá, no Rio de Janeiro.
Shalon Adonai.
Alexandre Ferreira
O primeiro título conferido por Jesus aos seus seguidores foi o de discípulos. Originalmente, eram doze os discípulos apóstolos. Depois, conforme o relato de Lucas 10, o número chegou a setenta e dois. No início da Igreja Primitiva, já eram 120, de acordo com Atos 1.15. Depois da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, seu número cresceu para quase 3 mil discípulos, e logo chegariam a 5 mil. E a história do cristianismo estava apenas começando!
O que teria gerado tanto crescimento e avanço missionário há mais de 2 mil anos? Algumas respostas são claras e aplicáveis ainda hoje, em pleno século 21, para a prática de um discipulado eficiente:
1 – O projeto original de discipulado foi muito bem implementado
Ao escolher seus seguidores, Jesus dependeu totalmente do Pai. A Bíblia nos informa que Ele passou muito tempo em oração na presença de Deus, buscando a sua direção. Até hoje, o processo de seleção é definidor do sucesso ou não do discipulado na igreja local.
2 – Jesus ficou à frente de seu projeto
Cristo nunca confiou o comando da Grande Comissão a nenhum apóstolo, nem mesmo a Pedro, seu mais próximo colaborador. Ele implantou e permaneceu à frente da obra de discipulado enquanto viveu na Terra, por meio do Espírito Santo. Sem o Espírito Santo como encorajador e confirmador da vontade do Pai, tudo teria acabado no meio do primeiro século.
3 – Os discípulos de Jesus comprometeram-se com a obra
O grande mandamento aponta para o verdadeiro amor a Deus: de todo o coração, de todo o entendimento, de toda a alma e com todas as forças, conforme Marcos 12.30. A obra do Senhor aponta para a responsabilidade missionária individual e também coletiva, bem como para o cuidado com os novos na fé: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confia-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (II Timóteo 2.2).
4 – Os discípulos primitivos desejaram e buscaram enchimento do Espírito Santo
Os primeiros seguidores de Jesus sabiam que, se não fossem cheios do Espírito Santo, deixariam brechas para Satanás. A orientação paulina fazia sentido para eles: “Não se embriaguem com vinho, que leva a libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”. O testemunho narrado por Lucas em Atos 13.52 confirma a opção deles: “Os discípulos continuavam cheios de alegria e do Espírito Santo”.
Maturidade cristã não acontece automaticamente. É preciso conversão, compromisso diário com Jesus, disciplina pessoal, coração suscetível ao ensino e genuína humildade para aprendermos uns com os outros. Este aprendizado relacional rumo ao progresso espiritual só é possível por meio de pequenos grupos, onde discipuladores e discipulandos se encontram a cada semana. Só experimenta o que Deus pode fazer quem se disponibiliza para tanto. E quando o varejo alcança qualidade, todo o atacado alcança maturidade. Nenhum fazendeiro cuida do seu cafezal no atacado; ele cuida bem de cada pé de café, e assim a sua safra fica garantida todos os anos. A Igreja do Senhor é semelhante a um rebanho. Cuidemos bem de cada ovelha e todo o rebanho de Jesus será saudável e multiplicador.
Elmiro de Oliveira - Pastor, missionário de Servindo Pastores e Líderes (Sepal) e ministro de discipulado na Primeira Igreja Batista no Irajá, no Rio de Janeiro.
Shalon Adonai.
Alexandre Ferreira
Pequenas ações para usar melhor o tempo
"Em vez de estar sempre em busca do tempo perdido, vamos procurar ver o tempo ganho..."
Devido ao caráter imaterial do tempo, muitas pessoas não têm a mínima idéia de que se trata de um recurso escasso a ser explorado com disciplina e protegido de ladrões e desperdiçadores.
Sim, existem ladrões e desperdiçadores de tempo, entre os quais podemos citar alguns: telefonemas mal planejados, interrupções constantes nas atividades desempenhadas, falta de planejamento das atividades para otimizar resultados, mau uso de e-mails – em casos que mais complicam que ajudam na resolução de problemas – procrastinação de decisões, que se tomadas lógica e rapidamente podem ser efetivas e liberar a pessoa para outras atividades, entre outros.
Mas existem algumas coisas que podem ajudá-lo a melhor administrar seu tempo:
Antes de tudo, é preciso ter uma clara percepção do que podemos fazer no tempo disponível. Portanto, analise o seu dia-a-dia e busque entender as oportunidades de melhoria (mudanças de horários, de atividades, etc.)
Em seguida, procure classificar as atividades em grupos:
» importantes e urgentes (não podem ser deixadas para depois, são de execução imediata);
» importantes, mas não urgentes (tem o segundo lugar na lista de atividades);
» urgentes, mas não importantes;
» não importantes nem urgentes (ficam para o final da lista de atividades).
Procure planejar o seu dia-a-dia. Utilize uma lista simples de atividades devidamente classificadas; para aquelas que não são completadas, verifique o motivo. Identifique problemas e busque oportunidades de melhoria.
Não tente fazer tudo de uma só vez, lembre-se de que a constância e a disciplina podem trazer bons resultados para a solução de listas extensas de atividades.
Com essas medidas simples, podemos tornar o tempo nosso aliado. Em vez de estar sempre em busca do tempo perdido, vamos procurar ver o tempo ganho, salvo ou otimizado. Boa sorte e sucesso.
José Luis Amâncio é diretor associado da consultoria Metis Quality. Economista com especialização em Comércio Eletrônico, Planejamento Empresarial e Logística, é pós-graduado na FGV.
Devido ao caráter imaterial do tempo, muitas pessoas não têm a mínima idéia de que se trata de um recurso escasso a ser explorado com disciplina e protegido de ladrões e desperdiçadores.
Sim, existem ladrões e desperdiçadores de tempo, entre os quais podemos citar alguns: telefonemas mal planejados, interrupções constantes nas atividades desempenhadas, falta de planejamento das atividades para otimizar resultados, mau uso de e-mails – em casos que mais complicam que ajudam na resolução de problemas – procrastinação de decisões, que se tomadas lógica e rapidamente podem ser efetivas e liberar a pessoa para outras atividades, entre outros.
Mas existem algumas coisas que podem ajudá-lo a melhor administrar seu tempo:
Antes de tudo, é preciso ter uma clara percepção do que podemos fazer no tempo disponível. Portanto, analise o seu dia-a-dia e busque entender as oportunidades de melhoria (mudanças de horários, de atividades, etc.)
Em seguida, procure classificar as atividades em grupos:
» importantes e urgentes (não podem ser deixadas para depois, são de execução imediata);
» importantes, mas não urgentes (tem o segundo lugar na lista de atividades);
» urgentes, mas não importantes;
» não importantes nem urgentes (ficam para o final da lista de atividades).
Procure planejar o seu dia-a-dia. Utilize uma lista simples de atividades devidamente classificadas; para aquelas que não são completadas, verifique o motivo. Identifique problemas e busque oportunidades de melhoria.
Não tente fazer tudo de uma só vez, lembre-se de que a constância e a disciplina podem trazer bons resultados para a solução de listas extensas de atividades.
Com essas medidas simples, podemos tornar o tempo nosso aliado. Em vez de estar sempre em busca do tempo perdido, vamos procurar ver o tempo ganho, salvo ou otimizado. Boa sorte e sucesso.
José Luis Amâncio é diretor associado da consultoria Metis Quality. Economista com especialização em Comércio Eletrônico, Planejamento Empresarial e Logística, é pós-graduado na FGV.
O Perigo do Desgaste Ministerial
Os caminhos que levam à carreira eclesiástica podem até variar: das salas de aula de um seminário teológico à consagração direta ao ministério após anos de dedicação e formação numa outra função. No entanto, o que costuma ser igual em todos os casos é o desejo e a expectativa que transbordam no coração do novo pastor. Mas, nem tudo são flores. Ao contrário. Entre o chamado e a consolidação ministerial, muitos desafios têm de ser superados dia a dia. O suor, na maioria das vezes, se mistura às lágrimas e ao longo do tempo as dificuldades acabam interrompendo o sonho de muitos que um dia abdicaram de tudo para se dedicar exclusivamente à igreja.
De acordo com levantamento do Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas (Mapi), cerca de 80% das disciplinas dos seminários no país estão voltadas para formar teólogos e não pastores ou líderes. Na visão da entidade, os cursos teológicos, se quiserem ser diferenciais na vida dos futuros ministros, precisarão focalizar em novas matérias na grade curricular como gestão, trabalho em equipe, mentoria, discipulado de líderes, princípios de educação de adultos, a chamada andragogia, resolução de conflitos e terapia familiar. Somente assim, formandos deixarão de sair das salas de aula apenas com conhecimento teórico, mas também entendendo da amplitude que é apresentada na vida eclesiástica cotidiana.
O medo de não corresponder – a Deus e as pessoas ao redor – é apontado pela entidade como um dos fatores responsáveis por grande parte das desistências do ministério e fracassos. A necessidade de aceitação, de corresponder, de mostrar trabalho e de realização são desafios internos a serem vencidos. Muitos pastores, em decorrência disto, acabam entrando no ativismo desenfreado e abrem mão dos fundamentos soberanos tão importantes no início do ministério, como oração, Palavra, obediência e integridade.
“Mudar o paradigma de “super-homem” – tenho que ser forte - e buscar apoio de outros colegas pastores e de um mentor mais experiente é o melhor caminho”, enfatiza Marcelo Fraga, coordenador do Mapi no Nordeste e pastor da Igreja Batista Filadélfia, em Natal/RN. A solidão ministerial e as pressões por conquistar um ministério de sucesso agravam estes fatores. De acordo com ele, boa parte dos pastores morre com problemas relacionados à pressão arterial e infarto. Pesquisas recentes mostram ainda que apenas 1/3 dos líderes cristãos terminam bem a carreira ministerial, enquanto os outros 2/3 não conseguem alcançar seu pleno potencial e apresentam quadros de frustração.
Formando teólogos, não pastores.
O ministério é um lugar de intensa pressão – e isso é inquestionável. Soma-se a isso, o fato de a igreja estar sempre dispensando atenção redobrada a cada passo do jovem pastor, a fim de constatar se ele irá suportar as altas temperaturas do trabalho eclesiástico. Mestre de Teologia em Estudos Bíblicos pelo International Biblical University e professor na cadeira de Teologia do Novo Testamento, Marcos André Cândido vive na pele todo esses desafios. Com apenas 27 anos de idade, é há um ano um dos pastores da Igreja O Brasil para Cristo em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele acredita que, caso a formação teológica do novo ministro tenha sido enriquecida por um corpo docente experimentado nos laboratórios da vida eclesiástica, certamente estará um passo à frente dos demais. “Nossos seminários estão repletos de Mestres em Teologia, mas que são neófitos na prática ministerial”.
Pastor presidente da igreja O Brasil para Cristo do Mandaqui, em São Paulo, com mais de 1.200 membros sob sua responsabilidade direta, Joel Stevanatto afirma que a inexperiência pode produzir a sensação no coração do pastor de convicção absoluta e isso pode acabar levando o novo líder a uma (perigosa) independência de Deus. “Nesse caminho ele se torna precipitado em decisões e dependendo do perfil de cada novo pastor os sintomas serão expressos de maneiras diferentes”, frisa.
É nesse momento que algumas reações podem surgir com maior intensidade e revelar os que são sonhadores e começam a planejar coisas mirabolantes e terminam no campo da frustração, e outros que são medrosos e acabam completamente paralisados. Aliás, o bombardeio a qual está submetido quem está à frente de uma igreja, sobretudo em se tratando de um líder inexperiente, pode gerar uma série de problemas de ordem psicossomática, como síndrome do pânico, em graus mais elevados, e também de ordem física, como arritmia cardíaca, dificuldades na fala e gastrite – esta última entre as mais comuns.
“Na verdade, tudo isso tem como causa primária a difícil correlação entre a ansiedade pelos resultados e os resultados em si de um trabalho que se inicia. Uma expectativa frustrada pode ser fatal”, alerta a psicanalista Sueli de Almeida, que diz ainda ser necessário em muitos casos o acompanhamento de um terapeuta.
A diversidade cultural, de faixa etária e social não consegue resumir todo o leque de desafios para quem assume a responsabilidade de conduzir um povo. Na verdade, é apenas parte disso. Neste pacote há espaço ainda para a desconfiança de líderes mais experientes, que muitas vezes se sentem ameaçados pelo novato, a falta de material humano para o desenvolvimento de projetos e ações que vão garantir maior respaldo ao trabalho, e ainda a ausência de recursos financeiros que impede a realização de novos trabalhos. Neste momento, criatividade e perseverança parece ser a receita para quem pretende seguir adiante. Por mais paradoxal que seja o momento de maior fragilidade de um pastor é justamente não querer demonstrar a sua fragilidade. Alguns enfrentam problemas sérios pessoais, eclesiásticos e por não terem sidos treinados a buscar ajuda arriscam numa solução. Um dos coordenadores da Equipe de Liderança do Sepal (Servindo Pastores e Líderes), no Rio de Janeiro, Ayr Correa Filho garante que pedir auxílio a pastores mais experientes não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria do novo ministro.
“Pastor precisa demonstrar que é gente como demais membros da sua igreja. Basta se apresentar para ser pastoreado também. Isto o torna mais forte e capaz”, aposta Ayr, que é o pastor presidente da Terceira Igreja Batista em Rocha Miranda, no Rio, e tem bacharelado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
Por certo, o maior temor de um pastor recém-consagrado é mesmo sendo um pastor de direito, não se tornar um pastor de fato. Ter o título, mas não exercer a influência pastoral na vida das pessoas, é inquietante, quase um fantasma. Há um provérbio de liderança que diz: “Aquele que pensa que lidera, mas não tem seguidores, está apenas passeando”. O grande temor, sem dúvida, é passear ao invés de apascentar.
fonte: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=86&materia=1177
Fique na Paz de Cristo nosso Senhor.
Alexandre Ferreira
sábado, 27 de dezembro de 2008
Os filhos e as finanças pessoais
Os filhos são altamente influenciados pelo consumismo e são foco de atuação dos departamentos de marketing das empresas. Esses filhos devem ser orientados para possuir boa Educação Financeira Pessoal.
Este trabalho deve ser feito dentro de casa e o melhor ensino é o exemplo. Pais que tem vida financeira tumultuada e levam isso para os filhos podem criar pessoas com grandes dificuldades financeiras no futuro.
Como consultor vejo isso quase todos os dias. Filhos reclamando que os pais não os incentivavam à construção de uma reserva financeira, ou filhos que foram criados com facilidade em conseguir tudo, era só pedir que o pai ou a mãe providenciava. Hoje estas pessoas possuem dificuldades no cuidado com o dinheiro.
Algumas orientações de educação financeira que devem ser passadas aos filhos:
* Não queira proporcionar ao filho uma vida material que não cabe no seu orçamento. Cuidado com o endividamento para atender somente os desejos.
* Ensine aos filhos os reais valores das compras, faça comparações. Ex.: uma pizza custa R$ 30,00 e comemos de uma só vez. Com o mesmo dinheiro compramos 2 pacotes de arroz que dura muito mais. O preço de um tênis de marca e uma compra no supermercado.
* A mesada é importante. De acordo com o orçamento, os pais, se possível, devem dar a mesada ou “semanada” aos filhos. Este dinheiro deve ser administrado por eles. Se acabar devem receber novamente somente na data combinada.
* É melhor um filho quebrar agora com valores pequenos da mesada, do que adulto com cheque especial e cartão de crédito na mão.
* Ensine desde pequeno a importância de uma reserva financeira e como é bom poupar dinheiro para o futuro tranqüilo. Quanto mais cedo começar melhor.
Vejo que muitos pais estão preocupados com o futuro financeiro dos filhos e começam desde cedo a fazer previdências e investimentos para eles. Acho isto muito importante, mas cuidado para não deixar transparecer que eles vão receber este dinheiro de graça sem fazer nenhum esforço no futuro. Dar o peixe é muito importante, mas não se esqueça de ensinar a pescar.
Que todos possam viver em paz com o dinheiro.
::Por Erasmo Vieira
Palestrante, Escritor e Consultor de Finanças Pessoais.
Fiquem na Paz
Alexandre Ferreira
Este trabalho deve ser feito dentro de casa e o melhor ensino é o exemplo. Pais que tem vida financeira tumultuada e levam isso para os filhos podem criar pessoas com grandes dificuldades financeiras no futuro.
Como consultor vejo isso quase todos os dias. Filhos reclamando que os pais não os incentivavam à construção de uma reserva financeira, ou filhos que foram criados com facilidade em conseguir tudo, era só pedir que o pai ou a mãe providenciava. Hoje estas pessoas possuem dificuldades no cuidado com o dinheiro.
Algumas orientações de educação financeira que devem ser passadas aos filhos:
* Não queira proporcionar ao filho uma vida material que não cabe no seu orçamento. Cuidado com o endividamento para atender somente os desejos.
* Ensine aos filhos os reais valores das compras, faça comparações. Ex.: uma pizza custa R$ 30,00 e comemos de uma só vez. Com o mesmo dinheiro compramos 2 pacotes de arroz que dura muito mais. O preço de um tênis de marca e uma compra no supermercado.
* A mesada é importante. De acordo com o orçamento, os pais, se possível, devem dar a mesada ou “semanada” aos filhos. Este dinheiro deve ser administrado por eles. Se acabar devem receber novamente somente na data combinada.
* É melhor um filho quebrar agora com valores pequenos da mesada, do que adulto com cheque especial e cartão de crédito na mão.
* Ensine desde pequeno a importância de uma reserva financeira e como é bom poupar dinheiro para o futuro tranqüilo. Quanto mais cedo começar melhor.
Vejo que muitos pais estão preocupados com o futuro financeiro dos filhos e começam desde cedo a fazer previdências e investimentos para eles. Acho isto muito importante, mas cuidado para não deixar transparecer que eles vão receber este dinheiro de graça sem fazer nenhum esforço no futuro. Dar o peixe é muito importante, mas não se esqueça de ensinar a pescar.
Que todos possam viver em paz com o dinheiro.
::Por Erasmo Vieira
Palestrante, Escritor e Consultor de Finanças Pessoais.
Fiquem na Paz
Alexandre Ferreira
Ser Missionário
Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo as boas-novas da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade?... Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.
(Autor desconhecido)
Extraído do Boletim nº.35/2003 da I.P.Vila Pinheiro, Jacareí-SP
Shalon Adonai
Alexandre Ferreira
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo as boas-novas da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade?... Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.
(Autor desconhecido)
Extraído do Boletim nº.35/2003 da I.P.Vila Pinheiro, Jacareí-SP
Shalon Adonai
Alexandre Ferreira
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